sábado, 30 de outubro de 2010

Vórtice

E o coração acelera! E volta ao normal. Acelera! Volta ao normal. Acelera! E tudo vira um ciclo de nervosismo e estranhamento e ansiedade e acaba em um bolo louco que ninguém consegue entender. Eu mesma já mal sei do que estou falando, porque comecei a falar da ansiedade anterior a uma peça que irei fazer, mas já ficou parecida demais com o que eu sinto na presença de... bem, de. E definitivamente não quero entrar muito na onda desse 'de', chega disso para mim. Ok, ok, eu sempre falo isso, mas é que eu já estou realmente me cansando de sorrir, esperar e sorrir e esperar e achar que vai dar e o sorriso murchar e tudo dar errado. 
Sei lá, cara, na quarta série eu não tinha que me preocupar com isso. Eu era a stalkiada, não a stalker. E bastava eu ser eu, sem precisar ser a lourinha patricinha de filmes americanos para isso. Pena que quando se está na quarta série, dar as mãos é o bastante para seu rosto explodir de vermelho.
Sei que tem gente com muito mais direito de dizer isso que eu, mas... cansei de ser a stalker. Assim, não me importaria se desse uma variada. Só dessa vez.

Blá, é só um turbilhão de um monte de coisas.

domingo, 24 de outubro de 2010

Aleatoriedade crítica

Sabe, eu tenho trilhares de postagens para o blog na minha cabeça, só não sei porque não posto... Sei lá, sempre eu tenho algo pra fazer, ou tenho preguiça, ou seilaoquê. É estranho. Eu queria comentar sobre ter visto quatro das minhas bandas brasileiras preferidas ao vivo e como meu coração acelerou, como eu ri, como fiquei feliz, mas o post se perdeu. O sentimento não, é claro. E, sei lá, eu tinha alguma coisa mais interessante pra dizer, mas me fugiu...

Acho que vou criar um meme musical, só pra arranjar o que fazer mesmo. 


So please please please

Let me, let me, let me
Let me get what I want


É da trilha sonora de 500 Dias Com Ela. É tão linda e ao mesmo tempo da vontade de dormir ou escrever.
É, é isso. Vou ficar falando sobre o que eu sinto com relação a algumas músicas quando não tiver nada para fazer ou dizer. Se bem que eu deveria estar escrevendo uma fanfic agora mesmo... crap.

É, é isso. Não me matem ♥.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Broken Hearts, Torn Up Letters and the Story of a Lonely Girl

"And you'll never fall in love
If you don't fall at all"


Ah, como é bom voltar a escutar bandas que você não escutava há eras...


(E aí? O design novo não é uma fofura?)


*aleatória*

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vovó

E sabe o quê? Hoje eu estava sentada na cama, lendo, enquanto passava a mão nos cabelos da minha mãe - que estava deitada no meu colo - e de vez em quando escutava o que vinha do filme que estava passando na tv - que, por sinal, era Barbie. É, eu sei, crucifiquem-me. Então minha mãe começou a falar de como a mãe dela inventava que estava com caspa na cabeça apenas para as filhas lhe fazerem um cafuné enquanto fingiam confirmar a história. E, sei lá, eu falei que gostaria de tê-la conhecido - é, ela morreu antes de eu nascer, infelizmente, minha mãe era mais nova que eu na época - e minha mãe disse que eu teria gostado dela e que ela teria sido uma pessoa muito boa para mim. 'Era doce, simpática...', foi o que minha mãe falou, com nostalgia. E já antes disso eu já tinha sentido as lágrimas nos olhos, mas segurei o choro e consegui esconder da minha mãe. É que... sei lá, eu realmente queria tê-la conhecido, sabe? Avós são legais, sei lá. Bem, eu tenho uma avó, mas não é bem do tipo que liga para mim se eu não ligar. Na verdade, da família do meu pai, incluindo o próprio, acho que a única pessoa que se importa comigo, e pode ter toda a certeza de que é recíproco, é uma das minhas tias. Eu adoro quando ela me liga para saber se estou bem. Você sente... família, sabe? Aí eu fico pensando, se a minha avó estivesse viva e tudo, eu acho que conversaria muito com ela, e faria cafuné e sei lá. Pelo que dizem, ela devia ser o tipo de pessoa com quem você conversaria. E... ah, sei lá.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sorria!

E tudo o que eu desejo é que meu senso crítico não tenha mudado essa pessoa aí da foto. Não sei nem de que ano foi isso, acho que foi começo do ano passado, sei lá. Meu cabelo mudou - pra melhor, rs. Minha aparência mudou, não muito, mas mudou. Só não sei minha cabeça. Não sei nem o que diabos passava na minha cabeça. É meio confuso amadurecer. Fica aquela incerteza de se você queria realmente que isso acontecesse.

Agora ando assim e não sei nem porquê.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Help me out

É desgastante. É incômodo. Dói. Está estranho. Me agonia. Não é mais um arrepio bom. Faz meus olhos arderem. É chato. Diferente. Argh, não, não. Argh. Enjoativo. Distante. Agoniante. Estranho. Não faz bem. É... louco. Não um louco bom. Não é hilário. Não me faz rir. Argh, argh, argh. De repente, é argh. Dói. É difícil. Di-fí-cil. Não da pra mim. Não quero. Não dá. Não mais. Dói. Estranho e agoniante. Argh, argh, argh.

domingo, 12 de setembro de 2010

Click!











Algumas imagens valem mais que mil palavras.

Poeminha aleatório, corra!

Corra, corra, corra, o bicho-papão vai te pegar.
Corra, corra, corra, ele não sabe perdoar.
Corra, corra, corra, quem tem medo dele é você.
E nada do que você fizer esse fato irá mudar.


Corra, corra, corra, bicho-papão quer você.
Corra, corra, corra, que forma irá assumir?
Corra, corra, corra, logo na sua frente ele irá surgir.
Seu medo tem forma, queridinha.


Corra, corra, corra, e para que rimar?
Corra, corra, corra, se rimas não irão o matar?
Corra, corra, corra, quem tem que correr é você.
Bicho-papão vem logo atrás.


Corra, corra, corra, seu medo quer você.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Coisinha aleatória

Então, né, talvez eu tenha coisas mais importantes para falar sobre, mas estou a fim de falar disso e é o que irei fazer. 

Toda vez que eu volto da prova na segunda, ou em algum outro momento - geralmente de noite -, eu me deparo com um enorme cachorrão preto na vila que eu ando para chegar à minha rua. Na verdade, cadelona. E ele... ela...
sempre vem até mim. A primeira vez eu quase tive um ataque do coração e fiquei pedindo 'Por favor, por favor, tira' pro dono, que a tirou, rindo. Mas o fato é que ela nunca faz nada. Na verdade, sei nem o que diabos ela quer comigo, porque só da tempo de ela me cheirar antes de o dono a tirar. Um dia desses, ouvi os filhos do dono a chamarem de Lolita quando eu estava passando e ela novamente veio até mim, antes de eles a tirarem. Por isso sei que é menina - o que acabou com todas as minhas ideias de ele ser o Sirius, é claro. Ham. Hoje não foi diferente, ela me viu já de longe e ficou com as orelhas em pé e me encarou até eu passar perto, mesmo com o dono a fazendo carinho. Ela só não veio até mim porque o dono não deixou.

E, sei lá, isso é muito louco, mas eu não queria sentir o medo que eu sempre sinto ao passar por ela. É legal imaginar que ela vem até mim porque me achou uma humana com cheiro bom ou coisa assim, mas eu sempre fico tensa e com medo de que ela... bem, que ela me morda. Mas, na verdade, eu queria mesmo é ter coragem de passar a mão na cabeça dela, rindo. 


Eu sempre quis ter um cachorro, talvez por isso a ideia de que uma cadela pareça gostar de mim me deixe feliz.


Só espero que ela não esteja, na verdade, me achando com a cara de um suculento bife o-o.

Resposta aos emails confusos da minha amada Tang

"Ok, ok, ok. Só não quero que você fuja. E se te incomoda tanto tua aparência ou o que os outros acham dela, por que se esconder ainda mais? Só vai piorar. Mude. Se sinta mudada. Deixe teu sentimento rolar, seja pelo Bruno ou quem for. Mas enfim. O que quero dizer é que... sei lá, cara, não da mais para tu ficar fugindo e se escondendo. No dia do aniversário do meu tio, tive que aguentar minha família dizendo que eu preciso de exercícios físicos, que eu estou sedentária, minha mãe vive falando que eu vou ficar enorme de gorda, que num sei o que e pans. O que eu fiz? Bem, eu tinha duas opções. A primeira era simplesmente não ligar e dizer que eu estava bem comigo mesma, mas acontece que eu não estou muito e se eu continuar sedentária aí é que eu não vou ficar bem mesmo. Então segui o conselho. Vou provavelmente fazer natação, que é algo legal, ou então dança ou então academia. É isso que eu quero te dizer: eu estou tentando mudar.
Se você mesma não está feliz consigo, qual o mal em fazer um esforcinho pra mudar? Não gosta do peso? Faz um exercício, nem que seja uma corrida em volta do prédio [rs]. Não gosta... sei lá, do... ah, sei lá, das espinhas? Tua mãe vive querendo te levar pra limpeza de pele e coisas assim, vai, não vai doer [eu acho]. Enfim, deu pra sacar. O que não dá é tu ficar se remoendo, triste, e não fazer nada para mudar. Não é tua mãe ou teu pai que vão te mudar. É você. Mas pode ter certeza que, se quiser ajuda, eles estarão lá e eu também."

E isso vale para qualquer pessoa que não esteja bem consigo mesma ♥

domingo, 5 de setembro de 2010

Acho que você está muito presa. É, é isso. A cada dia, você coloca mais uma corda, mais uma algema em você mesma. Você é sua própria carcereira. Você é sua própria algema. Talvez você nem entenda o que estou tentando dizer, mas vou dizer mesmo assim. Pode até ficar com raiva, sei lá, mas você sabe que não demorar nenhum dia e nós estaremos de bem.    Voltando... Você está se prendendo muito aos seus próprios dogmas, às suas crenças, ao que você acha que deve ser. Você acha que é de um jeito e segue isso até a morte. Você se prende na sua... tristeza, no seu amor, na sua forma de vê-lo. Como se existisse apenas ele, pronto e acabou. Na visão de um poeta, isso é lindo. Mais isso é a realidade e eu não gosto de te ver assim. Existem outras coisas por aí. E você sabe disso. Mas parece que você usa seus dogmas para fugir. Parece que você anda trancada na sua casa com o Ariel e o Caliban, sua casa de dogmas, e parece que jogou de propósito as chaves fora. Porque você simplesmente tem medo de pular a janela que ainda está aberta. Sei lá, cara, se joga, se liberta. Para de se prender a uma coisa. Tem muita vida por aí, viva-a. Você não vai morrer aos 21. Se solta. Aprende a se divertir e não ter medo disso. Você ama? Ótimo, mas não fique só nisso. Tem vários outros sentimentos lindos por aí e se esse está te fazendo sofre tanto, procure outro. Se quiser, a amizade está bem aqui. E se não quiser desistir do amor, não desista. Mas não tenha medo dele ou de, de repente, aparecerem outros amores. Deixe-os entrar também, expulse os velhos. Só não fica mais assim. Só não fica achando sua solidão bonita. Só não tenta viver uma vida assim. Por favor. Me dói te ver assim, porque eu sei que você está deixando passar milhares de coisas que, talvez no começo parecessem nada, mas que depois poderiam virar coisas lindas.


Por favor, conte comigo.


[inteiramente para Tang]

sábado, 4 de setembro de 2010

Limpando a poeira

Um dia desses me perguntaram porque eu não posto mais aqui. Sinceramente, não faço a mínima ideia, já que praticamente todo dia me vem uma coisa legal de postar em um blog. Só que eu, de lesada ou preguiçosa, não posto. Vou tentar mudar, rs.


Mas enfim. Sabem uma coisa completamente aleatória que eu vi e me deu vontade de comentar? Um gatinho. É, o animal. Há pouco, meu pai me deixou em casa depois de eu sair com meus amigos e tinha um gatinho em frente minha casa, fuçando no lixo. Até me passou o medo que eu sempre tenho de gatos - trauminha básico de infância -, mas, sei lá, foi tão legal e aleatório ficar observando-o morder o saco e comer restos que eu preferi não saber de quê, enquanto minha mãe abria o portão. Ele então me notou e ficou me encarando e, ok, me tremi de medo, só que aí ele correu. 


Mas mal sabe ele que eu bem vi que quando eu já estava entrando, ele sorrateiramente estava voltando para o seu farto jantar.

domingo, 25 de julho de 2010

Parando no tempo

E aí bate aquela vontade de escutar a chuva caindo com um copo de chocolate quente na mão, alguma música indie ao fundo e o lençol com o cheiro da mãe cobrindo o corpo. Vem aquela sensação pós-maresia, com o barulho do mar ainda nos ouvidos. Um meio-sorriso vem aos lábios, mas para por aí. Os olhos se fecham por um segundo e já foi o bastante para relembrar daquele toque na pele. Aquela vozinha que te disse o final de semana inteiro que teria sido imensamente melhor se ele estivesse lá volta. E, sabe, vozinha? Eu sei. Eu realmente sei. As mãos tremendo, a cor vermelha das bochechas, o suor frio, as borboletas que não param de se agitar... É, eu sei.
O pior de tudo é saber que ele também sabe e que tudo daria certo, se...
E o 'se' é o que fode com tudo.


[voltando ao blog quando achei que tinha que voltar. Estou bastante aleatória hoje, então as explicações ficam para outro dia]

sábado, 19 de junho de 2010

Pátria amada



Podem falar o que quiserem, mas eu tenho fé na seleção. O Dunga pode ser o que for, mas eu o acho um bom técnico. E, venhamos e convenhamos, repórter sabe ser chato. E eu sei que posso até estar falando besteira ou o que for, até por só acompanhar futebol na copa, mas eu torço sim pelo meu país. E acho uma puta falta de sacanagem esses que resolver torcer para o rival porque 'está na moda'. Chamem-me de besta, mas realmente quero que a Argentina perca. Maradona disse que o Pelé deveria ir para um museu e eu fico olhando para ele e me perguntando se ele se olha no espelho todos os dias. E nem chegamos na parte das drogas...
Ok, atrapalhei-me nas ideias. 
O fato é que eu torço sim para o Brasil. Mesmo que só na copa ou nas Olimpíadas ou na Liga de Vôlei (essa eu acompanho, rs). Eu amo meu país, ele estando uma droga ou não, e se ele tem a chance de mostrar que não é só matagal e macacos, mesmo que chutando uma bola, eu vou torcer por ela.
Podem me chamar de patriota, eu me orgulho. 


/Policarpo Quaresma feelings, principalmente após ler a fic da Abra.


(Patriotismos à parte, alguém mais também adora acompanhar a Central da Copa por, além de outras coisas, o Tiago ser o apresentador? =B)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A bendita vuvuzela

Que é legal ver os africanos demonstrarem todo o seu amor pela copa em um sopro, é. Eles estão na casa deles, tem todo o direito de se divertirem. Mas eu fico pensando: se eu, que fico humildemente assistindo a copa pela tv, fico com dor de cabeça por causa delas, imagine a pobre menininha que foi assistir o jogo com o pai ou o pobre goleiro que tem ter o máximo de concentração no jogo...
Sei lá, numa jogada legal ou num gol, vuvuzela à vontade. Mas passar os fucking 90 minutos (ou mais) de jogo soprando isso? Eu fico pensando se os tímpanos deles próprios não explodem o-o. O pior é que os estrangeiros deram trela, acharam legal. Agora, estão se lascando. 
O que mais me impressiona é o fôlego deles, eu tinha desmaiado no primeiro sopro.
Mas o ponto que estou querendo chegar é: proibir a vuvuzela só iria lascar a Fifa, mas uma regrinha de uso aqui ou ali caíria bem. Ou isso, ou boa parte do mundo volta sem tímpanos para casa.
Sinceramente, nunca mais reclamo de um apito na minha vida.

domingo, 13 de junho de 2010

Aaaah



Acho que férias nunca foram tão almejadas. Sério. Quero gritar dizendo que sobrevivi o primeiro semestre do 2º ano. Sério. Não aguento mais essa minha vida de responsável...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

No íntimo

Ah, Leonardo, suas pernas continuam presas.

Não consegue correr, não é? Não deveria ser tão bobo, Leonardo. Parar assim, com olhos tão brilhantes, enquanto observa a criatura arrastar-se pela casa, quando sabe muito bem o que ela esconde dentro da boca. Por que não fugiu quando podia? Por que não fugiu quando ela queria? Agora está aí, imaginando que seu olhar bobo é recíproco, aguardando pelo dia em que a criatura irá lhe sorrir. Não tem medo dos dentes, Leonardo? São afiados e você já os viu em ação. Não tem medo dos dentes? Droga, Leonardo, por que não correu quando podia? Agora já sabe que a criatura não vai te machucar (e ai de quem o fizer). A criatura arrasta as vestes pela casa e cumprimenta a outras criaturas. Por que você tem que ficar observando, Leonardo? Aquela voz doce chamando seu nome é fruto de sua cabeça, Leonardo, não se engane. Não vá. Droga, Leonardo, por que você foi? Agora a criatura já fraquejou. Agora a criatura teve de admitir que por mais que te mande embora todos os dias, ela não quer que você vá. Não tem medo dos dentes? Eles mordem. Não tem medo dos olhos? Eles o estão afgando, Leonardo, e você não está nem percebendo. Fuja, Leonardo, fuja. A criatura o viu a observando, Leonardo. Pandora está vindo.

Ah, Leonardo, mas suas pernas continuam presas, não continuam?

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Para Leonardo, que sempre vai conseguir domar Pandora, por mais que ela implore para que vá embora.

(sim, é como se fosse a Pandora falando -q)


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sei lá, só para dizer muito obrigada. Mesmo. Obrigada por me apoiarem nesse lance todo aí do meu pai. Muitas vezes, só um "Força!" pode ajudar. E cada palavrinha de vocês eu guardei, podem ter certeza. E não se engane, posso até não te conhecer, mas nem por isso uma palavra sua vai deixar de ser importante. Ainda não resolvi isso e nem sei se algum dia isso vai se resolver, mas sozinha eu sei que não vou estar.

Eu sei.

domingo, 6 de junho de 2010

Things have changed for me...

Mudar é uma coisa deliciosamente assustadora. Você pode dizer que adora mudar, só para não cair na rotina, mas é só acontecer uma mudança grande demais que você já fica com um pé atrás. Ou não, sei lá, estou falando mais por mim.
O fato é que há um tempo, um motorista perdeu o controle do carro e acabou batendo-o na árvore que tem na frente da minha casa. A coitada acabou caindo (mas, na verdade, isso ajudou para que o carro não entrasse com tudo na garagem daqui), só que ela estava plantada ali desde... sei lá, desde antes de eu nascer, acho. Plantaram outra, mas quando ela estiver grande o bastante para fazer sombra, posso estar na Unicamp virando uma médica fodona, rs. Não, sério, o fato é que meio que eu sinto falta dela -q, e foi realmente estranho não vê-la mais ali, não ficar debaixo da sombra dela enquanto fico conversando com meus amigos ou enquanto tento desesperadamente achar minha chave.

Outro fato foi quando duas tias minhas trocaram de casa (aqui é meio que um condomínio familiar o-o). Tipo, o meu tio está com uns problemas respiratórios bem sérios e a casa tinha muita umidade. Resultado: minha tia trocou de casa com a irmã que morava na casa atrás pela saúde do marido. Só que assim, desde que a enorme casa dos meu avós foi desmembrada para virar as casas dos filhos (exceto uma), essa minha tia morava na frente e a outra atrás. Tipo, a área da casa dela era quase como se fosse uma reunião familiar diária, ou algo assim. Ainda meio que é, mas... sei lá, é muito estranho. Todos os quinze anos da minha vida eu estava acostumada com esse jeito, para depois mudar totalmente. Mas estou quase acostumando-me, vai.
A última foi hoje. Meu avô chegou ao ponto de estar velho demais para controlar sua próprias ações. Ele mora aqui também, com a casa ao lado da garagem, em cima da oficina dele (lê-se: coisinha que ele fez para bater no peito, orgulhoso, e dizer que não era inútil). Só que chegou no ponto onde não se pode mais confiar com ele sozinho, dormindo na cadeira de balanço dele, enquanto o portão da oficina está aberto para quem quiser entrar, invadir e roubar. Sem falar que ele ficou um pouco... como posso dizer... enxerido. E rua que é rua sempre começa a falar. Não que eu ache que ele sabe o que está fazendo, sei lá. Mas, definitivamente, ficar levando mulheres para o quarto dele naquela idade não é uma coisa muito boa. Se fosse ao menos mulheres que, hã, não precisa pagar depois do serviço... Se é que me entendem. Enfim, seus sete filhos resolverem finalmente tirar o coitado dali e conseguiram fazer uma reforma muito louca na maior casa daqui e fazer um quarto, banheiro e cozinha que todo solteiro aposentado queria ter. E o melhor: fica entre a casa de duas tias minhas. Uma deles com olho de águia. Ah, não pensem que ele aceitou isso numa boa. Mas, por favor, ele realmente não podia mais ficar ali. Eu não contei os detalhes sórdidos, sério.
A casa dele que ficava encima da oficina, aparentemente vai ser derrubada, sei lá. Não faço a mínima ideia do que vai acontecer com a oficina. Mas que vai ser estranho andar por aquele corredor lá embaixo e me deparar com meu avô na sua cadeirinha de balanço, ah isso vai.

Things have changed for me...

sábado, 5 de junho de 2010

Mas sabe o que é pior? Algo de mim até ter um pouquinho de coragem de falar tudo o que eu quero falar para o meu pai, só que eu me tocar que aquele momento em que ela vai me buscar na casa de uma amiga é meu único momento com ele.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Muito bem, pai

Muito bem, pai. Eu amo quando você resolve dar essas burradas sem sentido. Ótimo. Para que deixar tudo do jeito como estava, né? Afinal, estava tudo direitinho. E o senhor ama estragar tudo, né? E aí eu já consigo ver, vai fazer o mesmo de quando foi com a minha mãe. Emprego ótimo, mulher ótima, filhinha de quatro anos ótima. Mas nãão, você tinha que resolver trair minha mãe e ter um filho lá (depois de terem se separado, ok) com a outra que, no fim, acabou abandonando. Mas tudo bem, passou, tudo já muito bem superado, beleza.
Depois disso, uns cinco anos de negligência comigo. Visitas? Só em datas comemorativas, é claro! E por comemorativa, eu digo aniversário (dando uma boneca pra mim nos meus 12 anos, hein vacilão?) e dia dos pais. Mas, sabe, tudo bem. Eu tinha aprendido a não ligar.
E então, precisou do marido italiano da minha tia ficar um pouco bêbado e te dizer umas verdades, minha tia te dizer umas verdades, minha mãe te dizer umas verdades, para você resolver virar pai e se tocar que o dinheiro da pensão não é você.
Ah, mas você fez seu trabalho direitinho. Ligava, conversava, visitava, saía, até sabia quando eu estava doente! Depois da merda de emprego que tinha arranjado em mais uma burrada, estava em um emprego ótimo, na sua área. Arranjou até uma namorada legal! Que conseguíamos conversar por horas e não notar nenhum erro de concordância.
Mas você tinha que estragar, não tinha? Parece que não fica quieto quando isso não acontece. Primeiro, veio a histporia de sair do atual emprego e ir para um meio duvidoso (mas, aparentemente, esse não é uma merda e pans). Tudo bem. E aí começou a não atender o celular. Não ligar mais. Não aparecer mais lá na vó, onde eu podia falar contigo. Ta, ok, o celular é da empresa e blablabla. Custava comprar um chip novo? Acho que não.
Começou a não sair mais... A negligência voltara... Eu sabia que algo de podre tava rolando.
Na mosca.
Hoje, quando finalmente consegui falar com você, só para pedir para ir me buscar na Tang enquanto eu pensava que a gente podia depois ir num fast-food e pans, o podre aparece. Onde estava a namorada legal? Lá, uma outra loira, com cara de antipática, me encarou. E então eu entendi tudo. Ao descer do carro, perguntei pela namorada legal. É, ele ainda estava com ela. Junte dois mais dois e você descobre que ele a estava traindo. E nenhuma das duas sabeam. Você ainda me pediu segredo!!!!
Vai para a merda com o seu segredo. Arrenjou mais uma idiota que provavelmente não aceita que você tenha uma filha e o impede de vir se encontrar comigo, como foi com outras tantas. E você, idiota, obedece. Trai a única mulher que pareceu legal, que me aceitava na boa, que era inteligente e simpática.
E, o pior de tudo, não tem um pingo de vergonha de me dizer isso.
Sabe o que? Eu preferia que você tivesse me dado uma desculpa como sempre fez. Teria doído menos.

Idiota.

Um dia... crio coragem e digo tudo isso para ele.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O-oh


Atualmente, estou tentando ignorar o fato de que meus níveis de irritação passaram dessa imagem.
E, caramba, nem estou de TPM!

terça-feira, 1 de junho de 2010

And I came here to make you dance tonight...

Aliás, acho que nunca coloquei esse vídeo que tive que fazer para um trabalho de inglês aqui:

Guilty Pleasure - Cobra Starship

É só descer um pouquinho. Sou a única sem óculos. Aliás, ignorem-me. Não era a minha melhor fase...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia-a-dia

Eu gosto de me imaginar em um seriado, sabe? Na verdade, eu e meus amigos até já "criamos" um. Aí fico pensando se na parte em que sou que apareço não é a que tem mais risadas e falas do tipo 'Putz, coitada'. Sabe aquelas coisas que parecem acontecer só com você? Pois é.

Hoje não fui para a aula. Noite anterior foi muito aloka para eu pensar em ir. Quem sabe um dia eu fale disso. De qualquer forma, esqueci que estava com o trabalho de português, que era para hoje, de uma menina lá da minha sala. Então eis que a fulana me liga desesperada para eu levar o trabalho para o colégio para ela entregar ao professor, porque, segundo ela, ele não iria receber depois.

Morar perto do colégio é fogo.

Então, mesmo tentando barganhar, acabei resolvendo ir de uma vez entregar o trabalho dela e o meu. Quando cheguei no colégio e mostrei ao professor, ele mal olhou o trabalho e disse que tinha escolhido por números e que nem o dela, nem o meu, tinham sido chamados. Ou seja? Inútil.

Mas, vá lá, minha consciência estava mais limpa. Fui calmamente voltar para casa, quando começou a chover. Na pressa, esqueci que choveu e manhã inteira e esqueci o guarda-chuva. Mas, ah, besteira, só uma chuvinha leve. Antes que eu chegasse na esquina ela já tinha engrossado o bastante para deixar meu cabelo encharcado, meu caderno molhado e eu nem queria pensar no meu celular no bolso.

Quando cheguei em casa, eu era só uma poça de água. Seria divertido, se eu não estivesse com meu bendito caderno e meu bendito celular. Fato que uma mulher na rua fez questão de lembrar ao dizer "A bichinha, molhou o caderno todinho...". Junte isso a uns espirros por conta da minha falta de anticorpos e fica uma beleza.


Ah, devo lembrar que de noite teve prova de Física? Pois é.

(Só constando: a prova até que foi legal. Só resta os professores serem pessoas bondosas e simpáticas. Um deles gosta de Beatles e Startrek, talvez eu tenha salvação)

sábado, 29 de maio de 2010

Ai, ai, ai


E veio aquele professor que todos falavam bem. Eu pensando que ele só fazia graça. Ele sabendo que ia fazer história. E fez. Só de entrar vestido de Chaplin ele já fez. Ele da aulas des história. Disseram que ia dar aula de motivação. Na palestra? Aula de vida.

E eu fiquei pensando, sabe? Tipo, o que eu penso que estou fazendo, afinal? Ele apontou os 10 passos para o fracasso e eu odiei ter me identificado com alguns. E... minha nossa, o que estou fazendo? Eu falo de fazer medicina, de ser uma grande médica, que é o meu grande sonho... Mas o que eu estou fazendo para isso se tornar realidade? Porra nenhuma. O vestibular pode ter o erro que tiver, mas ainda sim vai decidir minha vida. Ainda sim vai garantir o meu sonho. Eu. Tenho. Que. Tomar. Um. Rumo. Na. Minha. Vida. Mas por que é tão difícil de eu perceber isso? Porra, eu tenho que estudar. Tenho que enfiar química de uma vez por todas na cabeça. Tenho que acertar todas as questões de física. Tenho que aprender toda a matéria de biologia. Tenho que acertar todos os cálculos de matématica. Tenho... Tenho... Tenho... Tenho que prestar mais atenção no que faço. Os meus maiores erroa são por minha falta de atenção. E eu não quero acabar assim.

Sabe o que percebi? Percebi que estava desistindo. Desistindo sem saber. Até mesmo sem querer. Mas eu não quero, não quero. Eu posso fazer isso, sei que posso. Eu quero. Eu posso. O professor falou que há algo na gente que a gente não pode ver. E eu quero acreditar nisso. É o meu fiapinho de esperança agora, porra.

Não da mais para ficar sentada feito uma idiota. Não da mais para querer sair toda vez que me chamarem. Não da mais para ficar só sentada na frente do computador. Não da mais para dormir. Não da mais. Se eu quero o que quero, tenho que... como é que dizem? Lutar. Caramba, o que eu estava fazendo? Não quero fazer mais. Acho que... é, quero mudar. É.

Ah, sei lá.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

MEME de aniversário

Primeiro vá para a Wikipedia, digite a data do seu aniversario com exceção do ano na busca. Agora escolha: 5 eventos historicos, 5 nascimentos, 5 mortes e 5 feriados. E se divirta.

24 de Agosto

5 eventos históricos

1891 - Thomas Edison patenteia a câmera de cinema. :D
1943 - Segunda Guerra Mundial: A aviação aliada destrói 80% de Frankfurt.
1995 - É lançado o sistema operacional da Microsoft: Windows 95. o-o
2008 - Cerimônia de Encerramento dos Jogos da XXIX Olimpíada em Beijing.
E o que eu ri:
2006 - Plutão é rebaixado à categoria de planeta anão. Coitado D:

5 nascimentos

1944 - Paulo Leminski, poeta e escritor brasileiro.
1947 - Paulo Coelho, escritor brasileiro. Putz ♥
1977 - Sofia Duarte Silva, atriz portuguesa. Seinemquemé.
1981 - Chad Michael Murray, ator norte-americano. Diliça :9
E o que eu lufei:
1988 - Rupert Grint, ator britânico, que interpreta Ronald Weasley nos filmes da série Harry Potter. YAAY!

5 mortes

1954 - Getúlio Vargas, político brasileiro (n. 1882), suicídio o-o
1975 - Éamon de Valera, político irlandês (n. 1882)
1990 - Victor Civita, empresário e fundador da Editora Abril (n. 1907)
1882 - Luís Gama, advogado, jornalista e escritor brasileiro (n. 1830)
1770 - Thomas Chatterton, poeta inglês, suicídio (n. 1752)

Oi, só conheço o Getúlio :B

5 feriados

Dia do Artista

Dia da Infância
Dia de São Bartolomeu 


Só tem três. .-.

Ah, e quer saber uma coisa legal?
"Considerado pela Cultura Popular Nordestina o dia em que o Diabo se solta do Inferno e anda solto pela Terra. Também na tradição popular portuguesa se diz que "o dia de São Bartolomeu é o dia em que o diabo anda à solta." "

Bem feliz, né? ;B

sábado, 8 de maio de 2010

All My Loving


Os beijos mais lindos são teus.
E não sei nem por que.
Meus sonhos insistem em te fazer aparecer.
E não sei nem se quero.
Todo o meu amor, enviei para ti.
Mas aquela dúvida boba sempre aparece.

Os meus beijos são teus.
E tudo o que faço é pedir para que não os tire da sua boca.
Enquanto isso,
fico fingindo não me importar.

::

Demorou, mas voltei. E sim, esse é um poema completamente aleatório que na minha cabeça parecia mais legal, só que não consegui fazer continuar assim quando passei para cá. Ah, não se preocupem, as borboletas em meus estômagos estão bem quietinhas.
O amor já não me tenta há um tempo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Só faltava a chuva

E eu nem sei, eu nem sei. É tanta coisa complicada para se pensar que talvez só se compliquem mais quando a gente vai tentar resolver. E vem aquela confusão já tão conhecida, mas que parece ainda mais densa. Chega um ponto que jogar tudo para o alto não resolve mais. Ignorar muito menos. Pensar racionalmente, pensar emocionalmente... nada parece resolver. Só que chega um ponto em que você começa a se perguntar qual era o problema mesmo e você volta a sabar qual é quando já foi quase completamente engolido pela bola de neve que acabou criando. As palavras ficam confusas e se pergunta quando tudo isso já fez sentido. E não da para saber. Não da. Porque acho que já me perdi e estou esquecendo como voltar. E... nem sei, talvez já tenha desistido de procurar o caminho certo e me perco mais. É estranho, mas certo. Ultimamente, bom mesmo é deixar a água do chuveiro escorrer pelos meus olhos fechados. Assim esqueço que deveria estar fazendo algum sentido. Mas sentido eu nem faço para mim mesma. E eu nem sei. Nem sei.

E nem estou de TPM...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Oh, gosh

1 - Escolha uma música qualquer do seu computador (como nosso idioma é o português, o resultado é mais legal se escolhermos uma música nesse idioma)
2 - Procure as quatro primeiras estrofes da música (ou o refrão) na Internet
3 - Vá para o tradutor do Google e traduza a letra para o alemão
4 - Pegue a letra em alemão e traduza para o crioulo haitiano
5 - Pegue a letra em haitiano e traduza para o japonês
6 - Pegue a letra em japonês e traduza para o português
7 - Poste a nova letra da música em português, e em seguida a original.

A nova música:

Eu estava na escola e completar a bola todo o meu amor
Alguns professores fazer um teste e seu sexo
Comprometida com a loucura tão curto quanto um sonho bom
Eu aprendi a verdade, se você quiser se esconder, ele protege-lo de solidão

A original:

Te pego na escola e encho a tua bola com todo o meu amor
Te levo pra festa e testo o teu sexo com ar de professor
Faço promessas malucas tão curtas quanto um sonho bom
Se eu te escondo a verdade, baby, é pra te proteger da solidão
(Cazuza)

EPIC FAIL

Peguei daqui


quarta-feira, 31 de março de 2010

Empty

Mãos dadas em um círculo. Cabeças baixas, olhos fechados, mas lágrimas à vista. Até mesmo no Sr. Insensível, uma cara de dor. Alguns murmuram a oração, outros falam, outros quase gritam, outros, mesmo que não a conheçam, tentam enrolar alguma coisa. Algo que mande forças. Algo que tenha força. Porque aquela que todos acreditam que nunca vão chegar perto, chegou. Aquela que a gente vê na tv, nos jornais e agradece porque nunca vai conhecer a gente, passou bem perto. Aquela que todos vamos encarar um dia e, apesar de todo mundo sabem, fingem surpresa quando contam. A velha morte. Passou perto e levou um pai que andava por aí em sua moto. Não o meu pai, nem o pai do meu melhor amigo, mas o pai daquela menina da sala, aquela que eu mal conheço. Levou ontem, mas choramos hoje. Ela não foi à escola, mas a sala se levantou. Demos as mãos. Rezamos, acreditando ou não na oração que falávamos com tanta força. Força. Porque é isso que a garota está precisando e é isso a única coisa que podemos lhe oferecer. O aniversário dela é hoje, seu pai morreu ontem. Força é a palavra que vai guiá-la agora. E eu chorei. Os motivos são inúmeros ou até mesmo nenhum e confesso que não sabia o que pensar enquanto eu murmurava a oração. Mas tentei lhe enviar forças, um pouco que seja. Porque imaginei como seria se fosse comigo e resolvi que a mínima força já seria um pouco de luz. É bem verdade que quando o tempo passou, apesar de tudo ainda martelar na cabeça de todos, continuaram a sorrir, brincar, viver. E não da para ser diferente. Porque, por mais cruel que possa parecer, não foi com a gente. Não ainda. Só passou perto...

Bem perto.

sábado, 27 de março de 2010

Shh

"Olho para trás e vejo: Que futuro mais promissor!
E então penso no presente.

O que aconteceu com o passado, afinal?
Num jornal velho,
a revolução grita.
Na primeira capa da revista,
pessoas que só se calam.
E num fone de ouvido,
aquele rock antigo.
Tocando revoluções e indignações.
Mas quanto mais aprumo a audição,
mais não ouço nada.
No papel envelhecido,
poemas profundos.
Críticas diretas.
Mas até as palavras parecem ter sumido.
E o mundo de revolução caído.


Desde quando o povo se cala?"



(Lady Murder)



E é isso que venho me perguntando. Onde estão os Renatos Russos de hoje? E os Cazuzas? Cadê a boa música carregada de informação? E a MPB? Pop Rock?... Cadê o rock brasileiro? Porque, até agora, só escuto homens falando de como não queriam perder a namorada. Isso para mim é dor de cotovelo, não rock. Cadê a revolução correndo pelas veias?
 
A ditadura acabou, qualquer um diria. Mas eu lhes digo que nem por isso a injustiça sumiu. Só mudou de nome. E cadê as multidões indignadas? Só escuto sussurros roucos pelos cantos, ecos de um passado de um povo que lutava. E eu nem vejo mais nada. E ninguém liga mais para nada.
 
Quando toca Legião, a galera levanta. Canta. Grita. E, por aquele segundo, parece que todos voltaram a ser bravos. Mas a música acaba e ninguém continua. E aí a música vai ficando velha, naquele passado, naquele momento. E ninguém mais percebe o quanto ainda é parecido com agora. Ninguém parecer querer falar nada. Só escutam e se calam.
 
Desde quando é assim?
 
Capital Inicial, Biquíni Cavadão, Titãs... nem todas as grandes bandas morreram. Mas as pessoas parecem achar que são só um bando de velhos que gostam de relembrar os tempos de revolta. Só não percebem que eles ainda tentam gritar o que acontece por aí. Mas ninguém quer mais ouvir... E o rap, que tenta fazer o que o rock não está conseguindo, é chamado de sujo. E o recriminam por querer se fazer ouvir. Mas ninguém quer mais ouvir...
 
E o povo se cala. E um novo presidente é eleito. E o sussurros continuam. Mas o grito... que grito?
 
Que grito?

sexta-feira, 26 de março de 2010

É, pois é...

O antigo blog me passou a perna e resolveu parar de funcionar. Mas quer saber? Eu esqueço o quanto isso me lembra de como sou azarada e penso que é um sinal de recomeço.
Para quem quiser aqui estão as antigas postagens. Só para eu me lembrar e, sei lá, daqui um tempo talvez pensar que mudei.

O fato é: i'm back.