quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vovó

E sabe o quê? Hoje eu estava sentada na cama, lendo, enquanto passava a mão nos cabelos da minha mãe - que estava deitada no meu colo - e de vez em quando escutava o que vinha do filme que estava passando na tv - que, por sinal, era Barbie. É, eu sei, crucifiquem-me. Então minha mãe começou a falar de como a mãe dela inventava que estava com caspa na cabeça apenas para as filhas lhe fazerem um cafuné enquanto fingiam confirmar a história. E, sei lá, eu falei que gostaria de tê-la conhecido - é, ela morreu antes de eu nascer, infelizmente, minha mãe era mais nova que eu na época - e minha mãe disse que eu teria gostado dela e que ela teria sido uma pessoa muito boa para mim. 'Era doce, simpática...', foi o que minha mãe falou, com nostalgia. E já antes disso eu já tinha sentido as lágrimas nos olhos, mas segurei o choro e consegui esconder da minha mãe. É que... sei lá, eu realmente queria tê-la conhecido, sabe? Avós são legais, sei lá. Bem, eu tenho uma avó, mas não é bem do tipo que liga para mim se eu não ligar. Na verdade, da família do meu pai, incluindo o próprio, acho que a única pessoa que se importa comigo, e pode ter toda a certeza de que é recíproco, é uma das minhas tias. Eu adoro quando ela me liga para saber se estou bem. Você sente... família, sabe? Aí eu fico pensando, se a minha avó estivesse viva e tudo, eu acho que conversaria muito com ela, e faria cafuné e sei lá. Pelo que dizem, ela devia ser o tipo de pessoa com quem você conversaria. E... ah, sei lá.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sorria!

E tudo o que eu desejo é que meu senso crítico não tenha mudado essa pessoa aí da foto. Não sei nem de que ano foi isso, acho que foi começo do ano passado, sei lá. Meu cabelo mudou - pra melhor, rs. Minha aparência mudou, não muito, mas mudou. Só não sei minha cabeça. Não sei nem o que diabos passava na minha cabeça. É meio confuso amadurecer. Fica aquela incerteza de se você queria realmente que isso acontecesse.

Agora ando assim e não sei nem porquê.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Help me out

É desgastante. É incômodo. Dói. Está estranho. Me agonia. Não é mais um arrepio bom. Faz meus olhos arderem. É chato. Diferente. Argh, não, não. Argh. Enjoativo. Distante. Agoniante. Estranho. Não faz bem. É... louco. Não um louco bom. Não é hilário. Não me faz rir. Argh, argh, argh. De repente, é argh. Dói. É difícil. Di-fí-cil. Não da pra mim. Não quero. Não dá. Não mais. Dói. Estranho e agoniante. Argh, argh, argh.

domingo, 12 de setembro de 2010

Click!











Algumas imagens valem mais que mil palavras.

Poeminha aleatório, corra!

Corra, corra, corra, o bicho-papão vai te pegar.
Corra, corra, corra, ele não sabe perdoar.
Corra, corra, corra, quem tem medo dele é você.
E nada do que você fizer esse fato irá mudar.


Corra, corra, corra, bicho-papão quer você.
Corra, corra, corra, que forma irá assumir?
Corra, corra, corra, logo na sua frente ele irá surgir.
Seu medo tem forma, queridinha.


Corra, corra, corra, e para que rimar?
Corra, corra, corra, se rimas não irão o matar?
Corra, corra, corra, quem tem que correr é você.
Bicho-papão vem logo atrás.


Corra, corra, corra, seu medo quer você.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Coisinha aleatória

Então, né, talvez eu tenha coisas mais importantes para falar sobre, mas estou a fim de falar disso e é o que irei fazer. 

Toda vez que eu volto da prova na segunda, ou em algum outro momento - geralmente de noite -, eu me deparo com um enorme cachorrão preto na vila que eu ando para chegar à minha rua. Na verdade, cadelona. E ele... ela...
sempre vem até mim. A primeira vez eu quase tive um ataque do coração e fiquei pedindo 'Por favor, por favor, tira' pro dono, que a tirou, rindo. Mas o fato é que ela nunca faz nada. Na verdade, sei nem o que diabos ela quer comigo, porque só da tempo de ela me cheirar antes de o dono a tirar. Um dia desses, ouvi os filhos do dono a chamarem de Lolita quando eu estava passando e ela novamente veio até mim, antes de eles a tirarem. Por isso sei que é menina - o que acabou com todas as minhas ideias de ele ser o Sirius, é claro. Ham. Hoje não foi diferente, ela me viu já de longe e ficou com as orelhas em pé e me encarou até eu passar perto, mesmo com o dono a fazendo carinho. Ela só não veio até mim porque o dono não deixou.

E, sei lá, isso é muito louco, mas eu não queria sentir o medo que eu sempre sinto ao passar por ela. É legal imaginar que ela vem até mim porque me achou uma humana com cheiro bom ou coisa assim, mas eu sempre fico tensa e com medo de que ela... bem, que ela me morda. Mas, na verdade, eu queria mesmo é ter coragem de passar a mão na cabeça dela, rindo. 


Eu sempre quis ter um cachorro, talvez por isso a ideia de que uma cadela pareça gostar de mim me deixe feliz.


Só espero que ela não esteja, na verdade, me achando com a cara de um suculento bife o-o.

Resposta aos emails confusos da minha amada Tang

"Ok, ok, ok. Só não quero que você fuja. E se te incomoda tanto tua aparência ou o que os outros acham dela, por que se esconder ainda mais? Só vai piorar. Mude. Se sinta mudada. Deixe teu sentimento rolar, seja pelo Bruno ou quem for. Mas enfim. O que quero dizer é que... sei lá, cara, não da mais para tu ficar fugindo e se escondendo. No dia do aniversário do meu tio, tive que aguentar minha família dizendo que eu preciso de exercícios físicos, que eu estou sedentária, minha mãe vive falando que eu vou ficar enorme de gorda, que num sei o que e pans. O que eu fiz? Bem, eu tinha duas opções. A primeira era simplesmente não ligar e dizer que eu estava bem comigo mesma, mas acontece que eu não estou muito e se eu continuar sedentária aí é que eu não vou ficar bem mesmo. Então segui o conselho. Vou provavelmente fazer natação, que é algo legal, ou então dança ou então academia. É isso que eu quero te dizer: eu estou tentando mudar.
Se você mesma não está feliz consigo, qual o mal em fazer um esforcinho pra mudar? Não gosta do peso? Faz um exercício, nem que seja uma corrida em volta do prédio [rs]. Não gosta... sei lá, do... ah, sei lá, das espinhas? Tua mãe vive querendo te levar pra limpeza de pele e coisas assim, vai, não vai doer [eu acho]. Enfim, deu pra sacar. O que não dá é tu ficar se remoendo, triste, e não fazer nada para mudar. Não é tua mãe ou teu pai que vão te mudar. É você. Mas pode ter certeza que, se quiser ajuda, eles estarão lá e eu também."

E isso vale para qualquer pessoa que não esteja bem consigo mesma ♥

domingo, 5 de setembro de 2010

Acho que você está muito presa. É, é isso. A cada dia, você coloca mais uma corda, mais uma algema em você mesma. Você é sua própria carcereira. Você é sua própria algema. Talvez você nem entenda o que estou tentando dizer, mas vou dizer mesmo assim. Pode até ficar com raiva, sei lá, mas você sabe que não demorar nenhum dia e nós estaremos de bem.    Voltando... Você está se prendendo muito aos seus próprios dogmas, às suas crenças, ao que você acha que deve ser. Você acha que é de um jeito e segue isso até a morte. Você se prende na sua... tristeza, no seu amor, na sua forma de vê-lo. Como se existisse apenas ele, pronto e acabou. Na visão de um poeta, isso é lindo. Mais isso é a realidade e eu não gosto de te ver assim. Existem outras coisas por aí. E você sabe disso. Mas parece que você usa seus dogmas para fugir. Parece que você anda trancada na sua casa com o Ariel e o Caliban, sua casa de dogmas, e parece que jogou de propósito as chaves fora. Porque você simplesmente tem medo de pular a janela que ainda está aberta. Sei lá, cara, se joga, se liberta. Para de se prender a uma coisa. Tem muita vida por aí, viva-a. Você não vai morrer aos 21. Se solta. Aprende a se divertir e não ter medo disso. Você ama? Ótimo, mas não fique só nisso. Tem vários outros sentimentos lindos por aí e se esse está te fazendo sofre tanto, procure outro. Se quiser, a amizade está bem aqui. E se não quiser desistir do amor, não desista. Mas não tenha medo dele ou de, de repente, aparecerem outros amores. Deixe-os entrar também, expulse os velhos. Só não fica mais assim. Só não fica achando sua solidão bonita. Só não tenta viver uma vida assim. Por favor. Me dói te ver assim, porque eu sei que você está deixando passar milhares de coisas que, talvez no começo parecessem nada, mas que depois poderiam virar coisas lindas.


Por favor, conte comigo.


[inteiramente para Tang]

sábado, 4 de setembro de 2010

Limpando a poeira

Um dia desses me perguntaram porque eu não posto mais aqui. Sinceramente, não faço a mínima ideia, já que praticamente todo dia me vem uma coisa legal de postar em um blog. Só que eu, de lesada ou preguiçosa, não posto. Vou tentar mudar, rs.


Mas enfim. Sabem uma coisa completamente aleatória que eu vi e me deu vontade de comentar? Um gatinho. É, o animal. Há pouco, meu pai me deixou em casa depois de eu sair com meus amigos e tinha um gatinho em frente minha casa, fuçando no lixo. Até me passou o medo que eu sempre tenho de gatos - trauminha básico de infância -, mas, sei lá, foi tão legal e aleatório ficar observando-o morder o saco e comer restos que eu preferi não saber de quê, enquanto minha mãe abria o portão. Ele então me notou e ficou me encarando e, ok, me tremi de medo, só que aí ele correu. 


Mas mal sabe ele que eu bem vi que quando eu já estava entrando, ele sorrateiramente estava voltando para o seu farto jantar.