Acho que você está muito presa. É, é isso. A cada dia, você coloca mais uma corda, mais uma algema em você mesma. Você é sua própria carcereira. Você é sua própria algema. Talvez você nem entenda o que estou tentando dizer, mas vou dizer mesmo assim. Pode até ficar com raiva, sei lá, mas você sabe que não demorar nenhum dia e nós estaremos de bem. Voltando... Você está se prendendo muito aos seus próprios dogmas, às suas crenças, ao que você acha que deve ser. Você acha que é de um jeito e segue isso até a morte. Você se prende na sua... tristeza, no seu amor, na sua forma de vê-lo. Como se existisse apenas ele, pronto e acabou. Na visão de um poeta, isso é lindo. Mais isso é a realidade e eu não gosto de te ver assim. Existem outras coisas por aí. E você sabe disso. Mas parece que você usa seus dogmas para fugir. Parece que você anda trancada na sua casa com o Ariel e o Caliban, sua casa de dogmas, e parece que jogou de propósito as chaves fora. Porque você simplesmente tem medo de pular a janela que ainda está aberta. Sei lá, cara, se joga, se liberta. Para de se prender a uma coisa. Tem muita vida por aí, viva-a. Você não vai morrer aos 21. Se solta. Aprende a se divertir e não ter medo disso. Você ama? Ótimo, mas não fique só nisso. Tem vários outros sentimentos lindos por aí e se esse está te fazendo sofre tanto, procure outro. Se quiser, a amizade está bem aqui. E se não quiser desistir do amor, não desista. Mas não tenha medo dele ou de, de repente, aparecerem outros amores. Deixe-os entrar também, expulse os velhos. Só não fica mais assim. Só não fica achando sua solidão bonita. Só não tenta viver uma vida assim. Por favor. Me dói te ver assim, porque eu sei que você está deixando passar milhares de coisas que, talvez no começo parecessem nada, mas que depois poderiam virar coisas lindas.
Por favor, conte comigo.
[inteiramente para Tang]
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2 comentários:
hmm.
Ainda não sei o que dizer.
Ah!
"sem querer eles me deram as chaves que abrem essa prisão"
é, é isso que eu quero dizer?
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